O projeto conta com a parceria do Instituto Maria da Penha, o qual é responsável por capacitar todas as profissionais envolvidas na coleta de dados e, segundo a Professora e Historiadora Raquel Caminha, “é muito importante que todas as entrevistadoras entendam a importância e a relevância desse estudo, por isso, essa capacitação é fundamental para que elas possam se sensibilizar com o tema e assim coletar as informações de uma forma mais humanizada e não sistemática”.

O projeto é financiado pela Sexual Violence Research Initiative (SVRI) e tem como empresa responsável pela coleta de dados o Instituto Ampla Pesquisa, empresa especializada em pesquisa de mercado e opinião pública. No total, serão realizadas nessa 4ª onda 1000 (um mil) entrevistas distribuídas em 7 (sete) capitais brasileiras: São Paulo, Porto Alegre, Goiânia, Fortaleza, Recife, Salvador e Belém.

Uma inovação dessa nova onda será a coleta inédita na América Latina de Biomarcadores (saliva, sangue e cor da pele). Segundo o Diretor do Instituto Ampla, o jornalista Agliberto Júnior, o trabalho de Pesquisa Prevalência COVID-19 realizado em parceria com o IBOPE INTELIGÊNCIA, de coletar os dados e realizar testes rápidos, juntamente com as análises de dados secundários da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, realizados durante 1 (um) ano, os capacitaram para que a equipe do Instituto Ampla assumisse esse novo projeto. “As pesquisas sempre serão determinantes para toda e qualquer tomada de decisão. Estamos entrando em uma nova fase de nosso instituto e projetos como o PCSVDF Mulher serão cada vez mais constantes. Nossa missão como empresa é gerar dados relevantes para a sociedade e para instituições públicas e privadas, para que estes possam tomar decisões amparadas por dados e não no achismo”.

As coletas de Biomarcadores serão realizadas por uma equipe de profissionais de saúde coordenada pelo Instituto Ampla, sob a supervisão / coordenação técnica da Pesquisadora Danielle Macedo Gaspar, professora associada de Fisiologia do Departamento de Fisiologia e Farmacologia e vice-diretora da Faculdade de Medicina da UFC, que também reitera a importância desse estudo. “Através da quantificação de biomarcadores relacionados ao estresse temos a possibilidade de quantificar a resposta ao estresse, bem como prever o desenvolvimento de doenças relacionadas ao estresse, como depressão e ansiedade”.